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Agressividade

A agressividade é provavelmente a razão mais comum pela qual um cão saudável é sacrificado. Às vezes, nos esquecemos de que os cães são predadores e podem causar ferimentos sérios e até mesmo fatais. Um cachorro agressivo é assustador. Você precisa entender se o seu cão está realmente mostrando agressividade. A palavra agressão tem um significado específico no campo do comportamento animal. Tudo é muito relativo: o que é agressivo para nós pode ser perfeitamente normal para um cachorro. Um bom exemplo é a brincadeira. Uma criança que corre atrás de outra em um campo para morder as suas costas e derrubá-la no chão em uma luta intensa seria extremamente agressiva. Entretanto, para uma dupla de cães, essa seria a descrição perfeita de diversão. A brincadeira é vista como uma prática das habilidades do dia a dia. Por isso, é muito comum ver um cão absolutamente normal brincando de espreitar, seguir, caçar e até matar. Então, como podemos saber? Normalmente pela aparência e pelo som. O cachorro está com cara de brincadeira, olhos abertos e boca aberta de maneira relaxada, como em um grande sorriso? O comportamento é acompanhado de rosnados furiosos e latidos? Ou os rosnados e latidos parecem uma brincadeira? Um sinal infalível é a troca de papéis: se um cachorro está perseguindo o outro, de repente muda de direção e o perseguidor começa a ser perseguido, pode apostar que é brincadeira. Há várias razões pelas quais seu cachorro pode mostrar um comportamento agressivo. Aqui estão alguns tipos de agressão:

1) Defensiva: - Aqui está um cenário típico de agressão defensiva. O cachorro faz alguma coisa errada. O dono o encontra e dá uma bronca, fazendo o cachorro se esconder embaixo da cama. O dono, então, entra embaixo da cama para puxá-lo e leva uma mordida. Qualquer cachorro morde ao se sentir ameaçado. Neste caso, o cão recuou e se fez de "invisível", o que numa sociedade canina significa submissão. A única razão que o cachorro pode pensar para explicar que o dono ainda queira persegui-lo após ele ter se mostrado submisso e aceitado sua dominância é que quer feri-lo. O cachorro só está tentando se proteger. A melhor coisa a fazer quando seu cachorro se esconde após uma bronca é deixá-lo sozinho.

2) Territorial: - A agressão territorial é uma das razões pelas quais gostamos de viver com cachorros. Eles defendem seu território, o que pode incluir a sua casa, pertences, comida e os donos. Fazem isso contra qualquer invasor. Sem a agressão territorial, não haveria cães de guarda. No entanto, a agressão territorial pode perder o controle. Ela pode aparecer em coisas pequenas como pular, em coisas frustrantes como marcar território ou em coisas graves como morder. Mais uma vez uma boa relação de dominância com seu cão é essencial. Se você fizer o papel de cão dominante, ele vai se sentir seguro quando você estiver seguro. Assim, não vai defender o território contra as visitas, leitores de luz e carteiros. Ele só defenderá sua casa quando surgir a necessidade. 3) Agonístico (relacionado a dor): - Um cão doente ou ferido sabe que é vulnerável. O mesmo é verdadeiro para um cão idoso, com os sentidos mais fracos, reações mais lentas e mobilidade prejudicada. Até mesmo situações extraordinárias podem fazer um animal vulnerável sentir que deve atacar e fazer sua própria defesa. Algumas vezes a dor é visível e você pode esperar pela possível agressão. Em outras, entretanto, não é tão fácil notar antes que seja tarde demais. Se você está agradando ou brincando com seu cachorro como sempre faz, por exemplo, e ele rosna e tenta morder você de repente, suspeite de alguma dor e chame o veterinário imediatamente. A artrite é uma causa comum para este tipo de comportamento. 4) Reprodutivo: - Este tipo de agressividade provavelmente não precisa de explicação. Se houver uma cadela no cio em qualquer lugar do universo, os cachorros não castrados saberão onde e tentarão chegar até ela de qualquer maneira, inclusive brigando uns com os outros. O instinto de reprodução pode ser o estopim de brigas entre cães e até mesmo de ataques fora do normal aos membros da família. Outro problema comum é a gestação psicológica (Pseudociese) onde fêmeas que nunca brigaram começam a se estranhar. A solução infalível para este tipo de problema é óbvio e muito importante: você precisa castrar seu macho ou fêmea, de preferência antes dos seis meses de idade.

5) Dominância: - Cães obedecem hierarquias e, por influências da criação e educação, eles podem se considerar líderes da família. Neste caso, se o cão interpretar sua atitude como uma ameaça à sua liderança ele reagirá de forma agressiva. Uma variante dessa forma de agressividade é a Agressividade pela posse, essa nada mais é que o ciúme com relação aos seus pertences (brinquedos, comida, pessoas queridas...).

Como lidar com o cão agressivo?

O primeiro item a ser mencionado é a escolha da raça do cão. Raças ditas como sendo de "guarda" (Rottweillers, American Pit Bull Terrier, Dobermans, Pastores Alemães...) são cães mais propensos a agressividade. Devem ser evitadas por pessoas inexperientes ou "marinheiras de primeira viagem" na lida com cães.

A correção de animais já agressivos é um problema bem mais complexo. Na maioria dos casos necessitando de um bom exame clínico, laboratorial e de imagem e, ainda, um profissional da área comportamental animal.

Para corrigir o comportamento do animal, os proprietários devem seguir um tratamento adequado e restabelecer o controle sobre o cão. Punições devem ser evitadas e em hipótese alguma o castigo deve envolver injúrias físicas traumatizantes.

Brigas ou reações violentas com outros cães podem ser solucionados com técnicas de socialização. A socialização visa diminuir a agressividade defensiva adaptando o animal a vários estímulos para que este não se assuste mais.

As técnicas são numerosas e muito detalhadas para serem descritas, aliás o modelo de tratamento é individual, cada caso é um caso. A solução deve ser acompanhada da análise do ambiente e de seus reforçadores condicionados e/ou incondicionados, isto é, eliminar aquilo que aumenta a frequência dos episódios de agressão sendo eles instintivos ou aprendidos, desviando seu comportamento para algo mais útil.

Agressividade em Gatos:

A primeira coisa a se considerar é o seguinte: Gatos que não tiveram contato com seres humanos no período de 30 dias a 03 meses de idade, muito provavelmente ficarão selvagens por toda a vida. É muito importante o afago quando o gato ainda é filhote.

Outras causas discutiremos a seguir:

Filhotes:

A agressividade nos filhotes, geralmente é sob a foma de "brincar de brigar", uma preparação para futuros combates reais. Essa agressividade, normalmente, é dirigida para os pais e irmãos de ninhada. Se o gatinho morde com força, ele irá receber a mesma mordida de volta, e os irmãos podem parar de brincar com ele, como forma de punição. A brincadeira dos filhotes, é também como um treino para caça, envolvendo ataques surpresas e tocaias. Na vida selvagem, saber caçar significa sobreviver. Os ataques dos filhotes envolvem morder e arranhar, principalmente nos tornozelos das pessoas, não passa de brincadeira, mas deve ser desencorajado. Se seu gato se excede nas brincadeiras de brigar com você, antecipe seus movimentos preparotórios para o ataque e impeça-o, como por exemplo, chacoalhando a latinha de refrigerantes com moedas. Ele será surpreendido e se assustará, frustando o ataque. Não dê atenção a ele por algum tempo, até ele se acalmar. Ele irá aprender a brincar da forma mais adequada se você desencorajá-lo a se exceder. Não encorage o filhote a brincar de morder sua mão, ou atacar suas roupas e cadarços de sapato. Brinque com um brinquedo próprio para ele Brinque sempre com seu gato, use brinquedos com movimento, exercite-o. Assim ele irá dar vazão ao seu instinto de caça sem atacar seus pés e tornozelos. Gatos que brigam com um novo companheiro ou quando voltam de lugar estranho: Gatos são muito territorialistas e um novo hóspede pode não ser recebido com boas-vindas, isso acontece também com gatos que já se conhecem, mas por motivo ou outro voltam com outro cheiro e são reconhecidos como estranhos.

É muito comum, gatos que convivem bem há anos, receberem com agressividade aquele companheiro que foi numa visita a algum parente ou ao veterinário. É algo transitório, mas se for preciso, o ideal é mantê-los em quartos separados, trocando-os de quarto para que sintam o cheiro um do outro, até tudo se normalizar.

Gatas prenhes: Gatas fêmeas costumam ser agressivas quando prenhes ou com filhotes recém-nascidos. Coisa natural e previsível, o instinto maternal protetor sobrepõe-se à sociabilidade. Neste período é necessário deixá-la tranquila, logo ela ficará mais relaxada e deixará pegar seus filhotes.

Gatos que ficam agressivos quando idosos: Se um gato demonstra comportamento agressivo sem nunca tê-lo sido no passado, é bom examiná-lo para Hipertireoidismo e outras doenças sistêmicas, mesmo que o gato não mostre nenhum outro sinal de doença. Agressão extrema contra o dono: Devem ser analisadas todas as possíveis doenças físicas e psicológicas. Entre as causas físicas temos: Dores crônicas, isquemias cerebrais, problemas neurológicos. Nas causas psicológicas: Ansiedade, agressividade redirecionada, medo, etc. Identificar a causa é fundamental para o sucesso do tratamento. Agressividade entre gatos: Não ocorre por disputa de dominância, como nos cães, mas por disputa de território. A disputa entre gatos pode ser territorial, agressividade redirecionada, ou medo. Também pode ser "brincar de brigar", como ocorre com os filhotes. A maior parte dos gatos só estabelece seu território por volta dos 2 anos. Esse tipo de comportamento é problemático para animais que vivem juntos dentro de casa. A agressão entre os gatos é um problema sério, algumas vezes insolúvel, tendo o dono que manter os animais em cômodos separados por todo o tempo. O uso de tranquilizantes é recomendado para o gato que é agredido. Quando o gato reage com muito nervosismo, se arrepia e foge correndo do agressor, estimula a agressividade deste.

A castração pode ser uma opção.


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